O candidato à presidência do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), defende uma atuação mais transparente e estruturada da instituição, sublinhando a importância do serviço público e da estabilidade dos seus órgãos estatutários. Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, hoje publicada, reconhece a existência de problemas que marcaram o passado recente do IPBeja e assume a necessidade de restaurar a confiança e o bom funcionamento institucional.
“Olho com preocupação e com sentido de dever e de responsabilidade, perante aquilo que para mim é fundamental no meio de isto tudo: o serviço público”, afirmou, referindo-se a episódios como a demissão das direções das escolas e as polémicas em torno da eleição do conselho geral.
Para Aldo Passarinho, é crucial assegurar “transparência, clareza e boa informação” na gestão do instituto e garantir o pleno funcionamento dos órgãos. “Temos de deixar os órgãos estatutários funcionarem e, em primeiro lugar, claro, o conselho geral”, sublinhou.
Questionado sobre a perceção de distanciamento entre o IPBeja e as necessidades da região, o candidato reconhece a existência de áreas em que a instituição poderia ter maior presença, como o setor mineiro, a aeronáutica ou a logística. “Não é uma questão de comunicação. É uma questão que me preocupa, e admito isso”, referiu, admitindo a necessidade de “auscultar e trabalhar com as entidades associadas a esses setores”.
A captação de novos estudantes é apontada por Aldo Passarinho como uma prioridade para o futuro do IPBeja. Para tal, defende uma abordagem integrada que valorize não apenas os cursos oferecidos, mas também a investigação e as parcerias com o tecido empresarial.
“Temos de promover a investigação que é feita associada a essa oferta formativa. E acho que é fundamental promover as empresas, as entidades com quem trabalhamos”, afirmou ao Diário do Alentejo.
O candidato destaca ainda fatores diferenciadores que podem reforçar a atratividade do IPBeja, como a melhoria do alojamento e o avanço das acessibilidades, nomeadamente os transportes ferroviários. “É preciso que o instituto também seja, no futuro, uma voz ativa no sentido da melhoria das acessibilidades”, concluiu.