A história da Torre de Palma é longa e rica. Podemos dividi-la em três fases distintas. A primeira: a Era Romana (século I ao V). No século I, os romanos estabeleceram-se nestas terras, onde permaneceram até o século V. A Família Basilii, uma família próspera da época, dedicava-se à produção de vinho, azeite e à criação de cavalos. Eram conhecidos pelas suas viagens comerciais entre Lisboa, Mérida e Roma, onde vendiam os seus produtos. Acredita-se que o cavalo Lusitano tem aqui a sua origem.

A Família Basilii era considerada intelectualmente superior, e deixou como legado mosaicos figurativos que estão entre os mais importantes da Península Ibérica. Estes mosaicos, que incluem os mosaico dos cavalos, das musas e cortejo de Baco estão agora expostos no Museu Nacional de Arqueologia.

A segunda: A Ordem de Avis e a Coroa Portuguesa (1338 a 1825). A segunda fase da história de Torre de Palma começa em 1277 com a chegada da Ordem de Avis. Em 1338, a terra passou a pertencer à Coroa Portuguesa, mais precisamente a Pedro Afonso, filho ilegítimo de D. Dinis, assim permanecendo mais de 500 anos. Em 1863, um próspero comerciante de Lisboa, Jacinto da Silva Falcão, adquiriu a terra e arrendou-a à família Costa Pinto por cerca de 80 anos. Esta família dedicava-se à agricultura, nomeadamente à produção de cereais, criação de gado e azeite.

A terceira: Pós-Revolução de 1974 até os dias atuais. A terceira fase da história de Torre de Palma começa com a Revolução de 1974. Após a saída da família Costa Pinto, a terra foi ocupada pelos trabalhadores e transformou-se na primeira unidade coletiva de produção do Alentejo. Após um período de litígio judicial que culminou em 2007, a terra foi comprada pelos atuais proprietários – Ana Isabel Rebelo e Paulo Barradas Rebelo.

Assim, a história de Torre de Palma é uma tapeçaria rica e variada de pessoas, culturas e eventos. Cada fase da sua história deixou a sua marca. A oferta do Torre de Palma é um exemplo perfeito para entendermos a teoria da “Economia da Experiência” proposta por Pine e Gilmore, uma vez que oferece programas em todos os quadrantes: educação, entretenimento, evasão e estética, proporcionando aos seus visitantes uma experiência rica e diversificada.

Educação Os programas enoturísticos e gastronómicos do Torre de Palma proporcionam aos hóspedes a oportunidade de aprender sobre a vinha, as castas, os processos de vinificação e a gastronomia local. Os hóspedes podem participar na colheita, escolher as melhores uvas, pisar a pé e provar os vinhos.

Além disso, podem fazer o seu próprio blend e aprender sobre os processos de vinificação durante o programa “Vindimas de Torre de Palma”. Por fim oferecem ainda um programa chamado “Alentejo para Nature Lovers” que inclui aprender sobre a apanha da fruta, a vinha e a horta.

Entretenimento O restaurante Palma, liderado pelo renomado chef Miguel Laffan, proporciona uma experiência de entretenimento aos hóspedes. O restaurante destaca a excelência dos produtos locais e harmoniza-os perfeitamente com os vinhos da herdade de Torre de Palma. A experiência gastronómica é complementada pela atmosfera vibrante e acolhedora do restaurante.

Evasão O programa “Wellness Weekend” é focado no bem-estar dos hóspedes e inclui atividades como yoga, meditação, atividades equestres, astroturismo, passeios de balão, massagens e tratamentos de spa. Estas atividades proporcionam aos hóspedes a oportunidade de se desconectar da sua rotina diária e mergulhar numa experiência relaxante e rejuvenescedora.

Estética Toda a experiência no Torre de Palma tem uma preocupação com a estética transmitindo aos cliente uma sensação contínua de requinte. Desde a receção, o hotel é decorado com obras de arte, passando pelos os quartos todos diferentes e com arquitetura de autor, planeados para criarem um ambiente de simplicidade e sofisticação.

O Torre de Palma Wine Hotel não é apenas um hotel com uma variedade de ofertas adaptadas às necessidades de cada cliente. Este estabelecimento é um dos raros exemplos de enoturismo em Portugal, concebido desde o início para ser um destino turístico.

Embora a produção de vinho seja uma parte integral do hotel, com todas as uvas colhidas dos seus sete hectares de vinhas, não é a atividade principal. Em vez disso, serve como inspiração para a criação de uma série de experiências autênticas, todas projetadas para destacar o melhor que o Alentejo tem para oferecer em termos de gastronomia, vinho e natureza.