Um dos contratos prevê a criação da Rota dos Saberes e Sabores de Almodôvar, associada à produção de medronho na zona serrana deste concelho alentejano.
O projeto, dinamizado pela câmara municipal, inclui a criação do Centro Interpretativo do Medronho e de um centro de acolhimento turístico junto à Estrada Nacional (EN) 2, além da sinalização de percursos pedestres, cicláveis e automóveis no concelho.
Por outro lado, a Junta de Freguesia de Barrancos vai avançar com a criação de uma Área de Serviço para Autocaravanas, com seis lugares de parqueamento. A futura infraestrutura ficará localizada na zona norte da localidade raiana, junto às piscinas municipais e ao parque de feiras.
O terceiro contrato de financiamento foi assinado com o Observatório Oficial Dark Sky Alqueva, no concelho de Reguengos de Monsaraz. O projeto prevê a ampliação da infraestrutura, com novos espaços e a aquisição de equipamentos, assim como a criação de uma unidade móvel e uma aposta no marketing.
Depois do Alentejo, o Turismo de Portugal vai assinar mais contratos de financiamento no âmbito da ‘Linha +Interior Turismo’ em cerimónias agendadas para esta sexta-feira em Viana do Castelo, às 11:00, e em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, às 16:00.
Globalmente, o Turismo de Portugal vai apoiar, em cerca de sete milhões de euros, projetos turísticos no interior do país, para “combater” uma concentração desta atividade no litoral.
“Estamos a abrir o ‘leque’ daquilo que é a oferta [turística] em Portugal e a procurar combater aquilo que foi, durante muitos anos, uma concentração do turismo no litoral”, disse o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado. em Almodôvar, após a cerimónia de assinaturas dos primeiros três contratos de financiamento no âmbito de uma linha de apoio da Agenda do Turismo para o Interior.
De acordo com o secretário de Estado, a Linha +Interior Turismo tem “um investimento total de cerca de 10 milhões de euros, com perto de sete milhões de apoio direto do Estado”, através do Turismo de Portugal, e reforça “os projetos de territórios que normalmente se associam a baixa densidade”.
O objetivo, explicou, passa pela criação de “oferta turística assente na especificidade dos seus territórios”, de forma a “gerar e captar novos modelos de negócio”.
“É uma linha que pretende ajudar a estruturar produto, que vai aumentar a capacidade que Portugal tem de poder ter uma oferta [turística] mais alargada”, indicou o governante, apontando que os mercados norte-americano e alemão são “os primeiros na procura turística de territórios como o Alqueva”.
Por isso, argumentou, “temos de acompanhar esse movimento das tendências que os mercados nos estão a dar e responder-lhes com um produto diferenciado”. Em simultâneo, “estes investimentos no interior acabam por ter um efeito positivo e acrescentam uma ‘camada’ àquilo que é o produto do setor primário”.