De acordo com José Maria Perdigão, presidente da Associação de Produtores de Gado de Estremoz (ACORE), entidade que conjuntamente com o Município organiza a feira, este ano estão representadas cerca de 30 associações do setor agrícola, 200 criadores, sobretudo de ovinos, bovinos e equinos, e mais de mil animais em exposição. Além dos oito concursos que fazem da FIAPE uma “referência nacional” na pecuária.
“Tivemos uma adesão muito grande dos vários produtores das raças mais predominantes no Alentejo, quer em bovinos, quer em ovinos”, refere José Maria Perdigão, destacando os vários concursos, como o Nacional de Ovinos da Raça Ile-de-France, o Concurso Nacional de Jovens Reprodutores de Raça Charolesa ou o Concurso Nacional de Ovinos, além do Leilão de Jovens Reprodutores de Raça Limousine, entre outros.
“As pessoas têm muita vontade de vir à feira e apresentar os seus animais”, desabafa o responsável da ACORE, sublinhando tratar-se de um certame “de muita importância para os produtores, quer da zona, quer de outras regiões, apresentarem a maneira como trabalham, os seus animais e valorizarem esses animais”, sendo igualmente “um mo-mento de convívio entre agricultores, as pessoas falam umas com as outras e isso também é muito importante”.
O programa integra ainda conferências, demonstrações de treino de obediência canina, passeios a cavalo, mostras de maquinaria e atividades pedagógicas direcionadas a alunos do ensino básico e pré-escolar, entre outras iniciativas. A corrida de toiros, dia 4 a partir das 17h00, constituirá, como habitualmente, outro dos momentos altos da FIAPE. Em praça estarão os cavaleiros João Moura Jr., João Telles e Francis- co Palha, bem como os Forca- dos Amadores de Montemor-o- -Novo e Évora.
Lembrando que a agricultura sofreu, o ano passado, “um grande revés com a seca e com os aumentos dos custos de produção”, obrigando os produtores pecuários a “gastarem muito dinheiro para manter os animais em condições”, José Maria Perdigão reconhece que o cenário, este ano, é muito diferente: “Tem havido erva com fartura, estamos a ter uma primavera abundante e a conseguir reduzir os custos de produção, esperemos que assim continue”. Já quando ao novo ministro da Agricultura, o dirigente da ACORE entende que a mudança foi “benéfica”, desde logo porque “seria quase impossível fazer pior” que a anterior titular da pasta. “Temos expectativas que as coisas corram bem e que haja uma outra maneira de lidar com os agricultores, não como se fossem inimigos, mas como sendo parceiros”, conclui.