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Companhia UmColectivo leva a Mértola “Penélope II: A Floração” 

Produzida a partir da obra homónima e inédita da escritora Alice Sampaio, “Penélope II: A Floração” sobe esta noite (21h00) ao palco do Cine-Teatro Marques Duque, em Mértola.

Trata-se, diz a companhia UmColetivo, de um “objeto artístico disruptivo que propõe dois encontros entre artistas e público”. Criação coletiva com interpretação de Cátia Terrinca, apoio à criação de Miguel Moreira e dramaturgia de Ricardo Boléo, “Penélope II: A Floração” constitui “um poema visual cujas raízes apelam a conhecimentos interdisciplinares da agricultura e da educação, possibilitando a criação de relação de afetividade entre os espectadores e a terra” 

O objetivo maior, esse, é de colocar os espectadores “perante questões transversais à contemporaneidade relacionadas com as novas formas de agricultura sustentável, cujas técnicas hidropónicas permitem intervir nos solos com mais carências ao nível da água”.

A peça surge enquadrada no projeto artístico desenvolvido por UmColetivo nos municípios de Mértola, Grândola, Portalegre e Montemor-o-Novo, numa coprodução com o Teatro Nacional de D. Maria II em parceria com Fundação Calouste Gulbenkian, CAE Portalegre e Município da Guarda e com “intervenção paisagística” da Herdade do Freixo do Meio.

É a segunda parte de uma trilogia. “Penélope I”, começa com uma pergunta: “E se semearmos a esperança?”. Segue-se o que a companhia define como “encontros agri-culturais entre artistas e público – um e outro, uns e outros, unidos pelo tempo e pelo cuidado”, convocando “as mãos de todos” para uma sementeira. “Depois, Ulisses fala-nos como chuva: a sementeira dará flor e viajar até ao teatro”.

Já “Penélope III” é uma performance coordenada por Cátia Terrinca com Pedro Serrote, Leonardo Sousa, Miguel Pires, José Maria Tremoço, Marco Fragoso, Paulo Carrajola, Duarte Martins, num projeto apoiado pelo Teatro Nacional de D. Maria II através do programa “Atos da Odisseia Nacional”, no âmbito do qual estão a ser desenvolvidos projetos de criação artística participativa, em todas as regiões do país, com com propostas agrupadas em cinco programas — peças (espetáculos), atos (projetos de participação), frutos (espetáculos e atividades para o público escolar), cenários (eventos de pensamento) e nexos (formação) — e ainda uma exposição.

“Penélope III” começa nas recordações que alguns utentes da Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (Cerci) de Portalegre colecionaram ao longo das duas etapas anteriores. “Através da memória e do amor, reconstruímos um espaço performativo que, antes, era apenas de contemplação: em cena vemos sete atores que não o são. O teatro que mora nos seus corpos é o da estranheza, lado a lado com todas as aprendizagens que se foram cimentando ao longo de quase sete meses de trabalho, cujos últimos dias foram mais intensos”, refere a companhia.

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