Paula Rego, Cesariny, Cutileiro e António Palolo são alguns dos artistas representados na exposição de pintura, escultura e desenho que é inaugurada este sábado, com obras que fazem parte do espólio da universidade.
A mostra coletiva, intitulada “ÉUMAVEZ. Artes e Visualidade na Universidade de Évora”, poderá ser visitada no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), integrando trabalhos de António Areal, António Charrua, António Palolo, Carlos Calvet, Cruzeiro Seixas, Graça Morais e João Cutileiro.
Também representados estão os artistas Júlio [Reis Pereira], Malangatana, Maluda, Mário Cesariny, Nikias Skapinakis, Paula Rego, Raquel Gonçalves, Susana Piteira e Victor Belém.
Com curadoria de Filipe Rocha da Silva, a exposição, que estará patente ao público até 01 de março de 2026, está também integrada nas comemorações do 50.º aniversário da refundação da Universidade de Évora (UÉ), diz a vice-reitora para a Cultura e Comunidade da academia alentejana, Ana Telles, acrescentando que esta efeméride representa a vontade da Academia em “abrir” as suas coleções ao público. “Temos um acervo grande de obras que pertencem à universidade ou estão aqui expostas e, a major parte do tempo, essas obras maravilhosas têm estado fechadas e sem qualquer tipo de musealização”, refere.
Por isso, segundo Ana Telles, esta parceria entre a universidade, a FEA e o Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo (MNFMC) – em Évora e que cedeu uma das peças – “pretende dar a conhecer à comunidade este conjunto de obras”.
No total, estão expostas na Sala Rostrum do Centro de Arte e Cultura da FEA 21 obras de pintura, escultura e desenho, enquanto o espaço Átrio é preenchido com “a componente histórica e documental” da mostra, que inclui três vídeos.
“A mostra inclui três vídeos documentais com pessoas que têm ou tiveram uma ligação particularmente significativa à história da coleção artística da UÉ”, diz a vice-reitora, indicando os antigos professores da academia alentejana José Alberto Machado e António Cândido Franco, assim como Arlete Brito da Silva, da Galeria 111, em Lisboa.
Segundo a FEA, esta vertente da exposição dá a conhecer mais sobre a investigação histórica e documental, incluindo materiais biográficos doados por um artista à universidade, com os depoimentos em vídeo a contextualizarem a origem e o significado das obras apresentadas.
A vice-reitora Ana Telles insiste tratar-se da primeira vez que estas obras são expostas fora da UÉ e musealizadas, com o objetivo de “abrir a Universidade à comunidade e valorizar a própria coleção artística” da academia, que é constituída por cerca de 70 obras.
“É uma forma de abrirmos as portas e convidarmos a comunidade para usufruir da produção cultural da universidade, ainda por cima num dos espaços expositivos [o Centro de Arte e Cultura da FEA] mais dignos da cidade, da região e do país”, conclui.

Imagem: Malangatana, Sem título (2009) | Coleção da Universidade de Évora © Fundação Eugénio de Almeida











