Em comunicado, a Comissão Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE) diz ter tido conhecimento que as três maiores residências da Universidade de Évora (UE) “serão desactivadas, em simultâneo, para a realização de obras de renovação” que se prolongarão vários meses, arrastando-se pelo próximo ano académico.
Dizendo-se “preocupado e perplexo quanto a estes encerramentos simultâneos a meio do ano lectivo”, que irá afetar mais de 400 estudantes, o BE defende a adoção de medidas “para garantir alojamento alternativo, sem agravamento dos encargos para as famílias”, lembrando que se trata de estudantes “beneficiários da ação social”, logo, com menos recursos financeiros.
Ainda de acordo com o comunicado, para além das obras nestas três residências (António Gedeão, Manuel Álvares e Florbela Espanca”, “prevê-se que entrem em obra também as restantes quatro” o que elevará para cerca de 525 o número de estudantes que deixam de poder aceder a estes alojamentos, “situação especialmente crítica quando são por demais conhecidas as dificuldades de candidatos à Universidade e de alunos que já a frequentam, em encontrar quartos na cidade, levando a muitas desistências e abandonos”.
O Bloco lembra que os preços praticados no mercado local de arrendamento “são muito elevados, incomportáveis para estudantes apoiados pela ação Social”, e adverte que “o aumento da procura fará disparar ainda mais os preços, juntando-se a tudo isto a bem conhecida a fuga à emissão de recibos por muitos senhorios”.
“Esperamos que a reitoria da UE adote, em tempo útil, as necessárias medidas alternativas de alojamento a preço idêntico ao pago actualmente, para que nenhum estudante se veja obrigado a abandonar os estudos por falta de alojamento, ou que o encerramento das residências universitárias, ainda que temporário, afaste no próximo ano lectivo novos estudantes da nossa universidade”, conclui o BE.