Valentino Cunha, que assumiu a presidência da Câmara de Vendas Novas depois da renúncia ao mandato de Luís Dias, na sequência da sua eleição como deputado, não será o cabeça-de-lista do PS às próximas autárquicas. Chegou a anunciar uma candidatura independente, o que não se concretizou. E pelo PS avança Paula Valentim, atual presidente da Junta de Freguesia de Vendas Novas.
Dizendo candidatar-se com o objetivo de “continuar o trabalho de desenvolvimento e progresso que o PS tem feito em Vendas Novas e resolver o que ainda não se conseguiu resolver”, Paula Valentim promete “implementar uma estratégia com visão e ambição, mas sempre com os pés na terra”.
As prioridades também estão definidas: “apostar na sustentabilidade ambiental, melhorar o espaço público, criar e ampliar respostas sociais que promovam mais equidade e redução assimetrias económicas, promover a cultura, afirmando a identidade do concelho, bem como o desporto e a educação como força transformadora das gerações do futuro”.
À espera de uma oportunidade está o PSD, que há quatro anos elegeu o mesmo número de vereadores dos socialistas (dois) e que, agora, espera capitalizar com a não candidatura do presidente em exercício. A coligação PSD/CDS-PP volta a candidatar Ricardo Videira, que não esconde a ambição de vitória. “Temos um projeto, que já estamos a desenvolver, com pessoas preparadas para garantir que se executam as promessas que vão ser feitas no âmbito do programa eleitoral”, disse o candidato.
Pela CDU, que em 2021 também elegeu um vereador, Tiago Aldeias, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Évora e militante do Partido Ecologista Os Verdes, volta a ser candidato. Durante o atual mandato, referiu a CDU, “apresentou várias propostas sérias, estruturantes e devidamente fundamentadas”, com o objetivo de “tentar desbloquear o concelho do marasmo criado pela gestão PS com a constante abstenção do PSD”.
Por sua vez, o Chega apresenta uma lista encabeçada por Jorge Alcobia Pereira, segundo o qual uma das suas prioridades é o combate à corrupção, prometendo uma “auditoria independente” às contas do município. Dias antes do início da campanha, o seu mandatário, Marco Silva, foi detido pela GNR por suspeita de ter ateado diversos focos de incêndio, tendo sido aplicadas diversas medidas de coação.
Texto: Alentejo Ilustrado | Fotografia: Arquivo/D.R.
