Vendas Novas quer integrar sistema de transportes da Grande Lisboa

A proposta foi apresenta esta sexta-feira ao Governo: Vendas Novas quer integrar o sistema de transportes da Grande Lisboa.

A formalização da proposta foi feita pelo presidente da Câmara de Vendas Novas, Valentino Cunha, durante uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habituação, Miguel Pinto. Segundo o Município, a ideia é a integração de Vendas Novas no sistema de transportes da Grande Lisboa, “a ser objeto de estudo no âmbito das acessibilidades e do apoio logístico” ao novo aeroporto de Lisboa, que se irá localizar a cerca de 25 quilómetros da cidade alentejana.

De acordo com a mesma fonte, a proposta assenta em três grandes eixos de intervenção no território: ferroviário, rodoviário e logístico. A nível ferroviário é proposto, no curto prazo, a criação de uma ligação regional entre Vendas Novas e o Barreiro, com possível extensão a Évora. “Tal ligação”, refere a autarquia, “permitirá o transbordo para o sistema de transportes suburbanos ferroviários no Pinhal Novo e, no Barreiro, a acessibilidade ao transporte fluvial para Lisboa”. 

A proposta é que este sistema venha a “evoluir para um sistema suburbano” com a entrada em funcionamento do novo aeroporto e com a construção da terceira travessia sobre o Tejo, prevendo também a a reativação da estação de Bombel.

No campo rodoviário, a Câmara de Vendas Novas propõe um aumento dos serviços da Carris Metropolitana., designadamente “a criação de uma via rápida de ligação entre a autoestrada A6, na zona sul da Afeiteira e com nó de acesso a esta localidade, e o novo aeroporto na zona das Taipadas”. Com acessos às Estradas Nacionais 4 e 10 e à autoestrada A13, esta via rápida, explica a autarquia, “permitiria que o tráfego circundasse as localidades de Afonsos, Pegões e Taipadas, colocando a cidade de Vendas Novas a cerca de 25 minutos” do novo aeroporto.

Finalmente, no eixo logístico, o Município propõe a criação de uma plataforma logística rodoferroviária a poente de Bombel, numa área que chegou a ser identificada como passível de vir a albergar o futuro aeroporto de Lisboa. “Tal localização, na zona do limite do distrito [de Évora], permitiria usufruir da linha ferroviária e da via rápida proposta de ligação da A6 ao aeroporto”, sublinha a mesma fonte, acrescentando que o presidente da Câmara defendeu ainda a necessidade de um plano intermunicipal de ordenamento do território que permita uma organização e planeamento transversais e estruturados da região envolvente ao novo aeroporto. 

A ideia é que “a estratégia de desenvolvimento de Vendas Novas esteja articulada com o planeamento” dos municípios vizinhos, diz Valentino Cunha, segundo o qual “não vale a pena estarmos a pensar numa rede viária que, chegando à fronteira do concelho, não tenha continuidade por falta de coordenação”.

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