Ventura em Beja: “O Chega vai ser sempre um dos vencedores das autárquicas”

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou este sábado, em Beja, que o partido “vai ser sempre um dos vencedores” das eleições autárquicas de 12 de outubro, garantindo que pretende “quebrar o domínio” do PS e do PSD no poder local.

Durante uma visita à feira Patrimónios do Sul, Ventura brindou “à vitória no país e em Beja”, ao lado de David Catita, candidato do partido à presidência da Câmara Municipal. “Eu acho que o Chega vai ser sempre um dos vencedores da noite eleitoral, [porque parte] de uma base diferente do ponto de vista autárquico”, afirmou.

O líder do partido considerou que o essencial será “que haja uma quebra do domínio autárquico, quer por PS, quer por PSD, e que o Chega consiga intrometer-se nesse domínio e assumir esse domínio”. Convicto de que o partido vai crescer em várias regiões, Ventura disse acreditar que o Chega “vai ganhar muitas câmaras no sul do país, câmaras à volta de Lisboa, autarquias no norte do país, e isso é que vai fazer a diferença na noite eleitoral”.

Depois, voltou a criticar o PSD, acusando-o de estar “igual ao PS”. Questionado sobre se os resultados do Chega poderiam prejudicar os sociais-democratas e favorecer os socialistas, respondeu: “O PSD anda a prejudicar o país há 50 anos.”

Sobre a corrida eleitoral em Lisboa, o presidente do Chega considerou que Carlos Moedas “está muito preocupado com o crescimento do Chega e com a hipótese de isso levar a que perca as eleições”. Criticou ainda a gestão do atual autarca, referindo que “se o engenheiro Carlos Moedas tivesse feito um bom trabalho no combate à imigração, na questão da habitação e dos transportes, e não tivesse sido o desastre que foi na questão do acidente do elevador da Glória, hoje não estávamos com este problema”.

“Estamos porque foi um desastre. Ora, quando se é um desastre a governar, não se pode atirar a culpa para os outros”, afirmou. Ventura elogiou o candidato do Chega à capital, Bruno Mascarenhas, dizendo que “conhece os dossiês, conhece os problemas, e segundo as sondagens está com um bom resultado e vai ter um bom resultado em Lisboa”.

“E, atenção, Lisboa – cidade – nem sequer é o nosso principal bastião do ponto de vista eleitoral”, sublinhou.

Questionado em Beja sobre ter faltado a dezenas de reuniões da Assembleia Municipal de Moura, onde foi eleito em 2021, André Ventura não respondeu diretamente. Limitou-se a recordar que “o partido saiu vencedor neste distrito nas últimas legislativas e vai voltar a ganhar Beja”, acrescentando críticas aos jornalistas.

O líder do Chega reiterou também a intenção de expulsar pessoas com cadastro que vivam em habitações públicas, defendendo que “quem está a traficar droga não pode ter casas do Estado, ponto final”. E reforçou: “É-me indiferente a família do traficante de droga, é-me indiferente”, sublinhou, anunciando que o partido vai questionar o Ministério das Infraestruturas e Habitação sobre “quantos criminosos vivem em casas públicas”, para verificar “se estes dados coincidem totalmente com a realidade”.

Ao ser confrontado com a polémica em torno dos aviões norte-americanos que fizeram escala nos Açores a caminho de Israel, André Ventura respondeu que “os portugueses estão zero preocupados” com o tema.

Preferiu, em contrapartida, apontar críticas às manifestações que pedem a libertação dos ativistas detidos na flotilha humanitária com destino a Gaza, acusando os manifestantes de “bloquearem transportes públicos e o debate entre candidatos à Câmara de Lisboa”, e os jornalistas de serem “parciais” na cobertura do assunto.

Texto: Alentejo Ilustrado/Lusa | Fotografia: D.R.

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