A proposta, aprovada por maioria com quatro votos a favor (PSD/ CDS-PP e MICRE) e um voto contra (CDU), deliberou a redução de dois por cento na taxa do IRS. O vereador da CDU na Câmara de Redondo, David Grave, disse na reunião do Executivo que “a CDU vota contra esta proposta”, porque “o que temos dito ao longo dos últimos anos mantém-se”.
De acordo com o autarca comunista, “a Câmara poderia ter recebido o ano passado 250 mil euros, mas recebeu 150 mil; são 100 mil euros que ficam nos bolsos de alguns munícipes, nomeadamente aqueles que têm rendimentos superiores”.
David Grave salientou que esta “é uma receita própria e, muitas vezes, temos dificuldades orçamentais por dificuldade de receitas próprias e prescindimos delas neste momento”.
Ainda de acordo com o vereador, “era uma verba importante para a Câmara quando nos queixamos de problemas com as receitas próprias e prescindimos de uma boa parte delas, a destacar estes 100 mil euros ficam nos bolsos de alguns, nomeadamente dos que têm maiores rendimentos”.
Em defesa da proposta do Executivo, Carla Figueira, eleita pela coligação PSD/CDS, disse que “quando há esta devolução é porque a classe média, que paga os impostos, já pagou. Portanto, não lhes estamos a dar nada que não seja devido”.
Carla Figueira salientou que “a participação das autarquias no IRS é um instrumento determinante para a captação da população jovem, da mão-de-obra qualificada e na dinamização das economias locais, ainda mais quando atravessamos uma época que assolou todas as economias de forma drástica”.