Fogo aproximou-se das casas em Terena e forçou retirada de moradores

Com o fogo a chegar perto das casas em Terena, no concelho de Alandroal, os habitantes tentavam apagar as chamas como podiam, enquanto a GNR retirava, por precaução, pessoas das suas casas.

De máscara na cara, a presidente da Junta de Freguesia de Terena, Joselina Paiva, admitia, esta tarde, que “a situação descontrolou-se um bocadinho” na periferia desta vila, sobretudo, devido ao vento forte.

“O fogo já chegou perto das casas e de arrecadações que as pessoas aqui têm”, realça, precisando que as habitações que estiveram em perigo situam-se junto à estrada que liga a vila de Terena à aldeia de Hortinhas. Apesar da aflição, frisa, a autarca diz não ter informação de nenhuma casa destruída pelas chamas. Joselina Paiva conta que muitos populares tentaram com mangueiras ajudar os bombeiros a evitar o pior.

Com o incêndio por perto, segundo a presidente da junta, militares da GNR procuraram pessoas dentro de algumas casas e retiraram alguns moradores, por precaução, sem saber precisar quantos.

O alerta para o incêndio, que lavra numa zona de mato, no concelho de Alandroal, foi dado às 09h22 e, ao início da noite de terça-feira, mantém três frentes ativas e está previsto o reforço de meios para apoiar as operações de combate durante a noite, revelou a Proteção Civil.

“Estamos a potenciar o reforço de meios para a noite para apoiar as operações de combate”, afirmou o adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (Anepc), Bruno Borges.

De acordo com o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, “um dos maiores problemas” deste incêndio está agora na área entre as povoações de Terena e de Hortinhas. “Em Terena, os bombeiros conseguiram segurar o fogo nas traseiras de uma das ruas”, revelou o autarca, acrescentando que tem ardido mato e que o fogo chegou a passar perto de montes isolados.

“Não temos habitações ardidas, só uns anexos. E não houve, até agora, nada de grave com pessoas”, sublinha João Grilo, reconhecendo que já “há muita área ardida” e o combate às chamas continua “muito complexo, devido ao vento”.

Durante a tarde, relatou o autarca, foi necessário evacuar uma fábrica situada perto de Alandroal, mas os bombeiros conseguiram evitar que o fogo chegasse à zona da unidade fabril.

Segundo fonte da GNR, o motorista do camião suspeito de provocar o fogo foi identificado e constituído arguido. O homem, que conduzia um pesado de mercadorias que transportava madeira, foi constituído arguido pelo crime de incêndio florestal e o caso foi comunicado ao Ministério Público.

Segundo a mesma fonte, uma peça metálica de uma das cintas do semirreboque do camião, usada para prender a madeira transportada, soltou-se e, ao bater no chão, provocou faíscas, o que terá ateado vários focos de incêndio no concelho.

Esta manhã, o presidente da Câmara de Alandroal tinha revelado à Lusa que o fogo teria tido origem no pneu de um camião, que se tinha incendiado, lançando focos de incêndio ao longo da Estrada Nacional 255 (EN255), que liga Alandroal a Reguengos de Monsaraz.

Devido ao incêndio, a circulação rodoviária foi cortada nos troços da EN255 entre Alandroal e a vila de Terena e da Estrada Nacional 373 (EN373) entre a sede de concelho e Juromenha, entre outros caminhos municipais.

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