Segundo o estudo, no período em análise, a Universidade de Évora (UÉ) publicou 3001 artigos em revistas científicas. Menos, só as Universidades dos Açores e da Madeira e a Universidade Aberta. Comparada com outras universidades, a de Évora fica claramente atrás do Algarve (3619), de Trás-os-Montes e Alto Douro (3631) ou da Beira Interior (4040). E a “anos luz” de Universidades como a do Minho (12.600) ou de Aveiro (14.452), para não falar das de Lisboa (37.644) ou Porto (32.735).
De acordo com a DGEEC, o número de publicações inclui todos os tipos de documentos, sendo que as publicações em co-autoria, isto é, com a participação de autores de diferentes instituições, “são contabililizadas por inteiro” em cada uma das universidades envolvidas, pelo que os valores “podem conter duplicações”.
Todas as universidades publicaram mais neste período do que no quadriénio anterior, aumentos que “evidenciam um dinamismo significativo na atividade científica destas instituições, possivelmente associado a estratégias institucionais de reforço da investigação e intensificação da colaboração externa”, salienta a análise.
É também este o caso de Évora que, apesar de se manter nos últimos lugares, registou um aumento de publicações na ordem dos 33%, se comparado com o período entre 2014 e 2018.
Em 2023, a UÉ está associada a 583 publicações científicas. A maioria em áreas como agricultura, ambiente e ecologia (172) e ciências clínicas e da vida (132). Alinhando estas áreas com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, mais de metade das publicações científicas da UÉ em 2023 referem-se à saúde de qualidade (177) e à ação climática (135).
Se no número global de publicações a Universidade de Évora ocupa um dos últimos lugares, a situação não muda analisando o impacto das publicações científicas, através do número de citações. Todas as instituições universitárias portuguesas apresentam valores acima da média mundial (1,00). Todas? Bem, todas não, há três que ficam abaixo desse valor, a da Madeira (0,99), a de Évora (0,82) e a Aberta (0,80).
Analisando a percentagem de publicações (artigos e revisões) entre as 10% mais citadas a nível mundial, “verifica-se que o Instituto Universitário de Lisboa se destaca com 13,3%”, seguindo-se as Universidades do Algarve e de Lisboa, adianta a DGEEC, assinalando que “estes resultados atestam, não só a qualidade intrínseca da investigação produzida, mas também a sua relevância e visibilidade no panorama científico internacional”.
Neste critério, a Universidade de Évora não fica em penúltimo lugar no ‘ranking’ das universidades públicas portuguesas. É mesmo a última, com 7,6%. Juntamente com a Universidade Aberta são as únicas abaixo dos 11%.
A “Alentejo Ilustrado” pediu à reitoria da Universidade de Évora um comentário aos dados incluídos nesta análise da DGEEC não tendo ainda obtido resposta.
2 Responses
Como a notícia não ‘engraxa’ a instituição, a reitoria não conseguiu arranjar uns minutinhos para responder. Os jornalistas, também, só se lembram destas coisas em maré de férias.
Está justificada a falta de tempo.
Onde está a admiração?
UE o que podias ter sido…
O último que feche a porta.