A revelação de que o processo passou para as mãos do comandante-geral da GNR, Rui Ribeiro Veloso, consta da resposta dada pelo Ministério da Administração Interna a uma pergunta do Bloco de Esquerda, formulada depois da publicação de notícias sobre “sucessivos episódios de violência policial” naquela freguesia.
“As vítimas entrevistadas referem que as agressões chegam a durar horas e que se passam no posto da GNNR por forma a não serem vistas por mais ninguém”, refere o Bloco de Esquerda, lembrando que uma das vítimas referiu mesmo “ter sido ameaçada de morte dentro do posto, tendo um dos militares apontado uma arma à sua cabeça”.
Na resposta, o gabinete da ministra Margarida Blasco garante ter tomado “as providências necessárias ao acompanhamento do caso”, e revela que “atendendo à matéria e à gravidade dos factos, bem como à circunstância de haver referência à existência de vários episódios que importavam investigar através de diversas diligências”, o comandante-geral da GNR “avocou o processo de averiguações e determinou imediatamente a sua conversão em processo de inquérito”.
O caso, acrescenta o gabinete da ministra Margarida Blasco, está agora a ser investigado pela Inspeção da GNR “tendo em vista o apuramento da descoberta da verdade e a identificação dos seus autores”.