Governo diz que obras na estrada de Melides só lá para… 2026

Ministério das Infraestruturas reconhece necessidade de obras na Estrada Regional (ER) 261, que dá acesso a Melides. Mas diz que só serão feitas a “médio prazo”. E aponta para um horizonte temporal que poderá chegar a 2026.

A informação consta da resposta do Ministério das Infraestruturas e da Habitação a uma pergunta do Bloco de Esquerda, na qual a deputada Joana Mortágua interroga o Governo sobre as medidas concretas que se encontram previstas para “pôr fim” ao estado de degradação da estrada que assegura as ligações entre Melides, Santiago do Cacém, Santo André e Sines.

Lembrando que em 2021 a Insfraestruturas de Portugal (IP) procedeu à “reabilitação” do troço da ER 261 entre Cascalheira e Santiago do Cacém, com a extensão de 15 quilómetros, o gabinete de Miguel Pinto Luz reconhece que se encontra “identificada a necessidade de proceder a uma intervenção de reabilitação do restante troço”, até Melides, mas diz que será uma obra para concretizar “a médio prazo” e que se encontra inscrita no plano de atividades até 2026.

“Até que a reabilitação do pavimento no troço em causa seja materializada”, prossegue a mesma fonte, “são assegurados, nesta via e restante rede, os trabalhos que se revelam necessários de forma sistemática e periódica em todos os componentes constituintes das vias e obras de arte, de modo a suprir pelo menos as situações consideradas mais críticas e garantir condições de segurança rodoviária”.

O Governo refere terem sido efetuadas, em 2023 e já este ano, “várias intervenções pontuais no pavimento” da estrada, e revela que antes do início do próximo verão – ou seja, até dia 20 de junho – está prevista “a intervenção em duas zonas, cada uma com uma extensão de cerca de 200 metros, consideradas de maior criticidade”, entre os quilómetros 28 e 30, “não obstante outras intervenções que, entretanto, possam vir a ser identificadas no âmbito das ações de fiscalização de rede que são efetuadas com a periocidade semanal”.

Em causa está a degradação da EN 261, “muito utilizada nos movimentos pendulares entre Melides, Santiago do Cacém, Santo André e Sines” e que levou não só à criação de um movimento de cidadãos, o Movimento Basta 261, como também à recente realização de manifestação de residentes no concelho de Melides.

“A estrada não está capaz para se circular”, lembrou na altura o presidente da Junta de Freguesia de Melides, Bruno Mateus, referindo a existência de registos de “rodas partidas, pneus furados e pequenos acidentes”, sobretudo no troço entre os quilómetros 27 e 34.

“A população está completamente desiludida, porque há mais de dois anos, através da Junta de Freguesia de Melides e de alertas e queixas da população junto da Infraestruturas de Portugal (IP), não há uma data prevista para o arranjo da estrada”, referiu a deputada do Bloco de Esquerda na pergunta apresentada ao Governo.

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