Em comunicado, os sociais-democratas referem que o processo “marca passo” desde finais do ano passado, quando o Ministério da Saúde transferiu para a Câmara de Évora a responsabilidade do “processo de expropriações e da execução das infraestruturas de acesso” ao novo Hospital Central do Alentejo. “Passados oito meses tudo continua na mesma”.
De acordo com a concelhia do PSD, a Câmara de Évora “continua a encontrar pretextos dilatórios para não proceder ao requerimento junto do Governo português da declaração de utilidade pública dos terrenos”, aprovado em março em reunião de Câmara.
Trata-se de uma declaração “essencial para se poder avançar no processo das expropriações e, posteriormente, na empreitada [para construção] das acessibilidades”, diz Henrique Sim-Sim, vereador do PSD na Câmara de Évora e presidente da concelhia social-democrata, acrescentando que o Executivo autárquico, liderado pela CDU, “continua também sem dar seguimento ao solicitado pelo Governo há já quase dois meses, designadamente, remeter o detalhe justificativo da sua estimativa de custos da empreitada”, que o município diz ser de 12 milhões de euros, em vez dos sete milhões inicialmente projetados.
“Manda o rigor e a boa gestão da coisa pública que seja explicitado este aumento de quase 85% na estimativa de custos, pelo que o Governo terá solicitado que o Município que lhe enviasse o detalhe justificativo deste aumento, o que até à data continua sem resposta por parte do Executivo CDU. Desta forma não é possível proceder ao planeamento orçamental”, acrescenta Henrique Sim-Sim.
Ainda de acordo com o comunicado, por concretizar está também a “conciliação dos projetos de abastecimento de água e saneamento, de responsabilidade exclusiva da Câmara de Évora, com os projetos de gás e comunicações, de responsabilidade de entidades privadas, passo fundamental para a sua posterior execução”.
“É fundamental”, sublinha Henrique Sim-Sim, “que estas questões se resolvam com urgência, sob pena de termos em finais do ano que vem o hospital construído e os acessos não”. Daí que o PSD diga “não compreender” o que classifica como “atitude passiva do Executivo da CDU” ao “não priorizar o avanço deste conjunto de intervenções fundamentais para concretizar o Hospital Central do Alentejo”.