Aí está o Festival Castro Mineiro, uma “janela” para Neves Corvo

O Festival Castro Mineiro está de regresso ao Parque da Liberdade, em Castro Verde. Até ao próximo domingo haverá concertos e gastronomia, mas também a oportunidade para reforçar a interligação entre a comunidade e a atividade mineira.

Vice-presidente da Câmara de Castro Verde, David Marques define o Festival Castro Mineiro, este ano na sua terceira edição, como “uma janela que se abre para a mina”. É de Neves Corvo que fala, uma das maiores minas da Europa, que ao longo dos últimos 40 anos “tem tido um impacto muito transformador na realidade socioeconómica do concelho”. Desde logo por ser ali que trabalham cerca de 2600 pessoas.

“Nesta edição pretendemos aprofundar a dimensão de festival identitário, num evento que valoriza a identidade mineira do concelho de Castro Verde”, prossegue David Marques, lembrando que às dimensões cultural e lúdicas (de que já falaremos) se acrescentam conferências, exposições e outras iniciativas de “interligação entre a comunidade e a realidade mineira”.

A começar pela conferência que antecipa a sessão de inauguração oficial do Festival, marcada para as 16h00 desta sexta-feira, no Fórum Municipal de Castro Verde, destinada a debater, justamente, o impacto de Neves Corvo no território e que contará com intervenções de Maria João Esteves (da Somincor, sociedade com a concessão da mina), Pedro Herrera (da Drillcon Iberia), Raúl Pinto Rodrigues (EPOS), Sara Saturnino (Junta de Freguesia de São Marcos da Ataboeira) e Hugo Domingos (Sociedade Recreativa e Desportiva Entradense). Em debate estará a “preponderância” da exploração mineira para o desenvolvimento do território e os “desafios de futuros” da principal empregadora da região.

O vice-presidente da Câmara lembra que Castro Verde, enquanto território, “seria algo de completamente diferente” sem a existência da mina de Neves Corvo, “um pilar fundamental na atividade económica e na capacidade de fixar pessoas”. Trata-se, sublinha David Marques, de uma “realidade incontornável” do concelho, pelo que “seria incompreensível que toda esta dimensão da nossa vida em comunidade não fosse valorizada” através da realização de uma iniciativa como o Festival Castro Mineiro.

Mas este é também um espaço de encontro entre diferentes expressões artísticas, culturais e sociais, “que convidam a descobrir e a colocar em evidência a inovação tecnológica, cultural e social que se vive nos territórios mineiros”. Na programação há o cante alentejano – o Grupo Coral “Os Cardadores” da Sete, por exemplo, irá atuar na sessão de abertura.  Quanto ao palco principal, Bárbara Bandeira tem espetáculo marcado para hoje (22h30), Maninho para amanhã, à mesma hora, e no domingo, pelas 19h30, será a vez de Buba Espinho.

Partilhar artigo:

edição mensal em papel

Opinião

PUBLICIDADE

© 2024 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar