APA garante “vigilância apertada” às praias do concelho de Grândola

O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, revela que foram corrigidas algumas inconformidades detetadas na fiscalização aos acessos às praias de Grândola e garante que se irá manter “vigilância apertada”.

Num balanço da fiscalização na faixa costeira entre Tróia e Melides, no concelho de Grândola, realizada em julho, o responsável diz ser importante manter a vigilância e monitorização nesta costa: “Mantemos sempre uma vigilância apertada, monitorizamos. Havia ali um certo desassossego social, mas agora estamos a garantir aquele valor universal do país, resultado de uma lei do rei D. Luís que declarou, em 1804, que as praias são públicas e de acesso universal”.

Pimenta Machado revela que, cerca de um mês após a ação de fiscalização, foram corrigidas algumas inconformidades identificadas, o que que permitiu “repor a tranquilidade social” neste território. E explica: “Havia um empreendimento que, no seu ‘site’ em inglês, [fazia referência] a praias de acesso privado. Isso foi logo retirado, notificámos esse promotor imobiliário e [o anúncio] foi retirado”.

Este trabalho, insistiu, é feito “em contínuo” para “assegurar a toda aquela população” que as praias são públicas e de acesso universal. “As coisas estão a correr bem”, garante, acrescentando que a APA está em contacto com “os promotores de vários empreendimentos turísticos”, tendo sido imposto, na declaração de impacto ambiental, a construção de “acessos e de bolsas de estacionamento” para permitir servir as praias.

A fiscalização dos acessos às praias, ordenada pela ministra do Ambiente, Maria Graça Carvalho, iniciou-se a 01 de julho e os resultados foram apresentados no dia 09 do mesmo mês. A ação foi desenvolvida em articulação com a APA, Autoridade Marítima Nacional e entidades locais, como a Câmara de Grândola, fiscalizando os acessos a 22 praias do concelho, 18 delas concessionadas.

Na altura, as autoridades revelaram ter encontrado oito praias com acesso sem restrições, duas com acesso controlado, oito com acesso condicionado e uma com acesso interdito, enquanto outras três não têm condições para ter infraestruturas.

Numa entrevista à TSF e ao “Jornal de Notícias”, esta terça-feira, a ministra do Ambiente revelou que as infrações detetadas na fiscalização às praias na costa de Grândola “tiveram resultados imediatos”, ou seja, as anomalias foram corrigidas pelos promotores turísticos.

Além da colocação de sinalética “a indicar os acessos às praias, as zonas de aparcamento” e a alertar para o “acesso público”, Pimenta Machado precisou que há um conjunto de intervenções planeadas que vão melhorar o acesso a zonas balneares.

“Temos vários projetos em curso para aumentar o número de acessos às praias e de zonas de aparcamento, num trabalho que demora tempo, entre projetos, empreitadas e obras, mas quero acreditar que para o ano temos isso tudo em condições”, afirma.

Nas praias Tróia-Galé e Galé-Fontainhas foram colocados painéis “a explicar que o acesso à praia é público” e que os banhistas “podem circular livremente”, sendo que, nesta última, a APA e o município vão criar “um acesso em boas condições, com uma zona de aparcamento, mais 200 lugares, evitando cruzar o parque de campismo”.

Estão igualmente planeadas intervenções no “acesso à praia da Duna Cinzenta” e a APA, em conjunto com a câmara, perspetiva criar “duas novas zonas balneares, com bons acessos à praia” no concelho, revelou o responsável.

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