Na resposta a uma pergunta do grupo parlamentar do PCP, o gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma, garante que será encontrada uma solução para os utentes de dois lares de idosos que a Cruz Vermelha irá encerrar até ao próximo dia 31 de julho.
“De um total de 60 utentes, apenas se encontram por colocar em respostas sociais cerca de 36 idosos, estando esta situação a ser devidamente articulada entre o Governo, o Instituto de Segurança Social e a Cruz Vermelha no sentido de, na data prevista para o encerramento todos os idosos tenham uma resposta adequada”, refere o gabinete da ministra.
O problema foi tornado público em janeiro quando, depois de uma visita às duas unidades, o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva, reconheceu as “condições pouco dignas” em que se encontram os utentes, fruto da degradação do edifícios onde funcionam os lares José António Marques e Henry Dunant, no centro histórico da cidade de Beja.
“Tratam-se de dois lares que acolhem cerca de 60 utentes, relativamente aos quais o encerramento desta resposta os deixa completamente desamparados, sem que as suas famílias tenham possibilidade ou capacidade de encontrar outra solução que garanta os cuidados ali assegurados, tanto mais que, no distrito não existe capacidade para os acolher”, lembravam na pergunta os deputados do PCP, sublinhando que os lares que têm protocolos com a Segurança Social “estão lotados e os que restam são instituições privadas, com preços que estas famílias não conseguem pagar”.
Já em relação ao futuro dos 25 funcionários da Cruz Vermelha que trabalham nos dois lares, a resposta da ministra é mais evasiva. “O Governo foi informado de que a situação dos trabalhadores está a ser avaliada pela Cruz Vermelha, de modo que o encerramento [dos lares] cause o menor impacto possível nos trabalhadores e nas suas famílias”, sublinha o gabinete da ministra Maria do Rosário Palma.
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