Beja: Hospital privado marca passo. Câmara admite reversão

O presidente da Câmara de Beja já admite a reversão da cedência de terreno a grupo privado que se propunha construir hospital na cidade. Projeto marca passo desde 2021.Luís Godinho (texto)

O primeiro anúncio foi feito em setembro de 2021: o Grupo Empírica, criado em 2018 por especialistas do setor da saúde com experiência nos principais grupos portugueses, e a empresa alemã líder em tecnologia médica Siemens Healthineers, preparavam-se para investir 26 milhões de euros na construção, em Beja, do Hospital Privado do Alentejo.

Numa apresentação do investimento, o diretor do grupo, Francisco Miranda Duarte, fez contas: seriam criados 250 postos de trabalho. E anunciou que a ideia seria dotar a nova unidade de saúde com um centro de diagnóstico avançado e com “tecnologia de última geração” em diversas especialidades médicas. A inauguração, foi assegurado na altura, seria até final de 2023 num terreno cedido pela Câmara de Beja.

Ora, 2023 já lá vai, sem início de obra, muito menos com inauguração. Ou melhor, três anos depois nem sequer o projeto deu entrada na autarquia e o presidente da Câmara, Paulo Arsénio, já admite reverter a decisão de cedência do terreno.

Os novos promotores – que integram agora os grupos de construção IBJ e de saúde Sanfil – “não comunicaram qualquer desistência do projeto”, assegurou Paulo Arsénio em reunião pública de Câmara, acrescentando que o projeto de arquitetura deverá ser apresentado “em breve” junto dos serviços técnicos do município.

“Se o projeto for adiado por mais alguns meses não teremos problema nenhum em reverter o terreno. A expectativa que temos é que dentro de pouco tempo aja um projeto de arquitetura nos serviços técnicos da Câmara. Não havendo, tomaremos as medidas necessárias para a reversão do terreno, não havendo obrigação de indemnizar o promotor”, explicou o Paulo Arsénio, lembrando que a Câmara tem procurado “facilitar” o contacto entre a empresa e o Estado, designadamente com a Infraestruturas de Portugal: “Temos sido facilitadores de reuniões entre as partes, quando existiram dificuldades. Uma delas foi a das acessibilidades”.

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