Campo Maior transforma antiga escola em unidade de saúde 

O edifício devoluto da antiga Escola Básica n.º 2 de São João Batista, em Campo Maior, será reconvertido numa unidade de cuidados continuados, com 46 camas e cerca de 30 novos empregos.

O edifício de uma antiga escola básica, em Campo Maior, vai ser transformado numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), num investimento superior a três milhões de euros. A obra será financiada em mais de dois milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cabendo ao Município assegurar a verba restante.

O projeto, que será gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior (SCMCM), prevê a instalação de 46 camas, distribuídas por duas unidades de média e longa duração, devendo estar concluído até junho de 2026.

O presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, refere que a nova UCCI permitirá criar cerca de 30 postos de trabalho. A iniciativa contempla a recuperação e reconversão do edifício da antiga Escola Básica n.º 2 de São João Batista, contando com apoio técnico e financeiro do município, que, numa primeira fase, cedeu o imóvel à SCMCM através de um contrato de comodato.

A Misericórdia assinou o contrato de financiamento no âmbito do PRR, no quadro do reforço da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

Entretanto, segundo o autarca, o concurso público para adjudicação da obra ficou deserto, “fruto do momento que vivemos e das dificuldades que existem em ter mão-de-obra e empresas para executar este tipo de intervenções”.

Luís Rosinha adiantou que um novo procedimento será lançado “o mais rapidamente possível”, para assegurar o cumprimento da meta definida pelo PRR para junho de 2026. “Será a segunda vez que a obra vai a concurso. Na primeira tentativa, com um preço base de três milhões de euros, não tivemos concorrentes”, lamentou.

Em comunicado, a autarquia sublinhou que a criação da UCCI assume “particular importância” para o concelho, não só pela resposta direta às necessidades de uma população envelhecida, mas também pelo contributo para a coesão social e o desenvolvimento local.

De acordo com a Câmara, a infraestrutura permitirá garantir “um acompanhamento contínuo e humanizado” a utentes em situação de dependência temporária ou permanente, promovendo a recuperação e a melhoria da qualidade de vida.

A nova unidade aliviará ainda a pressão sobre os serviços hospitalares e reforçará a rede de apoio às famílias, muitas vezes sobrecarregadas com os cuidados a prestar.

O município recordou, por fim, que este projeto permite recuperar um edifício devoluto, contribuindo para a dinamização e reconversão daquela zona da vila. “Trata-se de um claro exemplo de reabilitação urbana e de sustentabilidade”, destacou.

Partilhar artigo:

ASSINE AQUI A SUA REVISTA

Opinião

BRUNO HORTA SOARES
É p'ra hoje ou p'ra amanhã

PUBLICIDADE

© 2025 Alentejo Ilustrado. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.

Assinar revista

Apoie o jornalismo independente. Assine a Alentejo Ilustrado durante um ano, por 30,00 euros (IVA e portes incluídos)

Pesquisar artigo

Procurar