A candidata, licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), exerceu funções de deputada do PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral de Setúbal, em 2015, e voltou a ser eleita, em 2024 e 2025, para a Assembleia da República.
Natural de Grândola, onde reside atualmente, a cabeça de lista da coligação diz que a sua candidatura é o reflexo “do trabalho que tem sido feito” pelo PSD na assembleia municipal deste concelho “nos últimos 12 anos”.
“Assuntos importantes como a questão da Mina da Lagoa Salgada, da pressão turística, da falta de fiscalização da nossa costa têm sido bandeiras que temos abraçado, chamando a atenção [e] exigindo do Executivo soluções, porque estávamos a ver o nosso Município a caminhar para o atual estado de coisas”, sublinha.
Sonia dos Reis, que é também empresária, argumenta que o concelho de Grândola, cujo Executivo municipal é de maioria comunista, “precisa de [um] desenvolvimento sustentável” que “não ponha em risco a saúde e a segurança das pessoas”. Trata-se, acrescenta, de apostar num “desenvolvimento que seja benéfico para a população local, que traga emprego, oportunidades de futuro e que não seja mais um Projeto de Interesse Nacional, daqueles que herdámos do PS, que venha depois com suspeitas de que nem tudo está bem”.
A candidata prometa dar especial atenção ao comércio local, enquanto “franja fundamental da economia”, e apoiar o sector agrícola, os bombeiros e as Instituições Particulares de Solidariedade Social. A habitação, o apoio ao tecido empresarial e social, reforço das forças de segurança e socorro e a mobilidade serão outros eixos prioritários da sua candidatura.
“[É necessário] deixar cair as barreiras ideológicas e trabalhar numa parceria bastante articulada e estreita com o Governo” em “programas que possam beneficiar a região”, como a Estratégia Local de Habitação, diz ainda Sónia dos Reis, defendendo a necessidade de procurar um ponto de equilíbrio entre quem nos visita e os agentes económicos, que são bem-vindos, com a questão da água e dos recursos naturais”.
Esta é a quarta candidatura anunciada à Câmara de Grândola, liderada por António Figueira Mendes (CDU), que já não se pode recandidatar devido à lei de limitação de mandatos. São também candidatos Fátima Luzia, pela CDU, Luís Vital, pelo PS, e Hugo Constantino, pelo Chega.