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Está criado o Gabinete para promover o ‘made in’ Alentejo

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT) inaugurou esta quarta-feira o Gabinete AlentEdge. A ideia é promover o registo de marcas e patentes made in Alentejo.

Soumodip Sarkar, o presidente executivo do PACT, diz com piada que “além da sua gastronomia, do melhor vinho e das melhores rotundas do mundo”, o Alentejo pode ter aqui uma “grande oportunidade para se tornar numa região mais tecnológica e inovadora”, através da valorização do trabalho de empresas e investigadores. O AlentejEdge nasce para prestar serviços de apoio empresarial direcionados não apenas para as empresas instaladas no parque, o “ecossistema do PACT”, como o gostam de definir, mas também para empreendedores, investigadores, instituições de ensino superior e empresas. Isto através de consultoria em diversas áreas, sobretudo no registo de marcas e patentes, a denominada “propriedade intelectual”.

“Neste modelo estamos a contar com recursos humanos altamente qualificados de uma empresa com grande experiência nesta área [a Inventa], com quem assinámos um protocolo. Este gabinete não tem financiamento pois nem sempre precisamos de apoios comunitários”, acrescenta Soumodip Sarkar, considerando tratar-se de “uma grande oportunidade para as empresas e investigadores” que trabalham na região.

“O grande objetivo”, sublinha Luís Caixinha, engenheiro de patentes da Inventa, é “aumentar o número de pedidos de patentes made in Alentejo”, que se encontra entre os mais baixos do país. De acordo com dados o Barómetro Inventa de 2023, o número de pedidos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) com origem no Alentejo representa apenas 5,4% do total nacional. “

“Há muitos mitos ao nível da patente intelectual, que é caríssimo, que as patentes não valem nada, que basta mudar um parafuso… são todos estes mitos que fazem com que não haja mais pedidos de registo de patentes e de marcas”, lamentou.

Já Luís Loures, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, considera “fundamental” a existência de um gabinete “estruturado a nível da região”, desde logo porque a Academia “tende a valorizar o que a avalia e durante muito tempo não fomos avaliados sobre a existência de mais ou menos registos de patentes”.

Tradicionalmente, a avaliação de universidades e politécnicos assentou nos projetos de investigação e no número de publicações científicas, pelo que terá de existir um “período de adaptação” a este novo indicador.

Ainda de acordo com Luís Loures, “ainda há um desconhecimento significativo” da Academia sobre a importância do registo de marcas e patentes, pelo que “é fundamental haver esta ‘evangelização’ de que é necessário percorrer este caminho”.

Com a criação do Gabinete AlentEdge, o PACT diz pretender “pretende reforçar a cultura de inovação e de colaboração com que tem impulsionado o crescimento económico e a prosperidade regional”.

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