Primeiro foram os diretores de agrupamentos de escola a defenderem “um passo atrás” nos exames digitais. Agora é a Federação Nacional da Educação (FNE) a pedir ao Governo o “cancelamento das provas finais e das provas de aferição em suporte informático”, agendadas para final de abril.
Fonte da FNE sublinha “a importância de manter a estabilidade no sistema educativo”, mesmo no período de transição entre governos, como o que o país está a viver, mas considera que realização das provas de aferição em suporte informático “coloca em risco essa mesma estabilidade, devido a diversos constrangimentos que afetam tanto alunos como professores”.
A federação lembra que “há falta de computadores, assim como problemas com internet e de apoio técnico a que se juntam os prejuízos para alunos e professores ao nível do aumento do ‘stress’ e ansiedade, da desigualdade de oportunidades e da perda de tempo letivo”. Por isso, acrescenta a mesma fonte, enviou um ofício ao Ministério da Educação a manifestar a “preocupações com as condições precárias para a realização das provas digitais”, como tem sido reconhecido pelas escolas, e a apelar “ao regresso às provas em papel”.
Ainda de acordo com a mesma fonte, só a decisão “sensata” de cancelar os exames digitais garantirá “a igualdade de oportunidades para todos os alunos” , salvaguardando também “a equidade no processo de avaliação e evitar a perda de tempo letivo”.
A FNE diz “confiar” que o próximo Governo, cuja tomada de posse está prevista para a próxima semana, “irá ponderar com a devida atenção” a manutenção dos exames em papel e “tomar a decisão mais adequada para os interesses do nosso sistema de ensino”.