Entre os destaques desta edição está o projeto “Cante”, da fotojornalista Ana Baião, desenvolvido ao longo de uma década. A série, composta por 31 fotografias, retrata intérpretes e grupos que dão corpo e voz ao cante alentejano, expressão cultural classificada pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade.
A organização, a cargo da CC11 em colaboração com o Município de Faro, refere que a mostra reúne trabalhos de autores nacionais e estrangeiros, incluindo a exposição de cartoons “Senhor Lobo”, de André Carrilho.
Logo à entrada, os visitantes encontram “A fabulosa máquina de fazer parar o tempo”, projeto performativo de João Paulo Barrinha que permite tirar fotografias ‘à la minute’.
Entre os restantes trabalhos, está o ensaio documental “Blessed Ground”, de Ricardo Lopes — vencedor da 1.ª edição do Prémio CC11 Fotografia — sobre o impacto da extração industrial de ouro em comunidades rurais de Moçambique, e “Alambiques & Alquimistas”, de João Mariano, dedicado às tradições da destilação de aguardente de medronho.
A programação inclui ainda “Muito Frágil”, de Marc Schroeder, “Margem Sul”, de Luís Ramos, “Joy Bangla”, de Filipe Bianchi, “Crossing Boundaries”, de Alberto Picco, “Middle Ground”, de Joe Wood e uma retrospetiva do fotojornalista Carlos Lopes (1949-2021).
O percurso expositivo apresenta também “Change of Season”, trabalho coletivo de treze fotógrafas sobre identidade e mudança, bem como “O Algarve”, com imagens de Asta e Luís de Almeida d’Eça, dedicadas à promoção turística da região nas décadas de 1960 a 1980.
O último piso é ocupado por “Da Ucrânia com amor”, de Adriano Miranda, conjunto de fotografias e crónicas publicadas no jornal “Público” sobre a guerra na Ucrânia. No piso térreo, André Carrilho expõe “Senhor Lobo”, seleção de ilustrações produzidas para a imprensa em 2024.
A MFA Faro, de entrada gratuita, está aberta ao público até 23 de agosto, de terça a sábado, entre as 18h00 e as 23h00, e ao domingo, das 10h00 às 13h00.