Gonçalo Lagem: “Em Monforte, 2024 foi um ano de inaugurações”

O ano de 2024 visto por Gonçalo Lagem, presidente da Câmara Municipal de Monforte

O ano que terminou foi de transição, de encerramento de um quadro comunitário, que foi o Portugal 2020, e de início de um ciclo, ainda que de forma muito lenta, o Portugal 2030, além da execução de outro instrumento de financiamento que é o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O concelho de Monforte tem apenas 300 mil euros inscritos no PRR, referentes à requalificação do sítio arqueológico da villa lusitano-romana de Torre de Palma, mas temos uma grande rentabilização do Portugal 2020 e concluímos esse financiamento com sucesso. Estamos a falar de um investimento total na ordem dos seis milhões de euros, o que é notável.

E temos a perspetiva de materializar importantes investimentos no que diz respeito a projetos como a requalificação da rede de águas e esgotos de Santo Aleixo ou à Estratégia Local de Habitação. São montantes de investimento muito avultados, mas são investimentos muito necessários para o nosso concelho.

A Estratégia Local de Habitação visa o realojamento de famílias da etnia cigana para, no fundo, recuperarmos e devolvermos à sociedade civil aquele que é um espaço que deveria ser como um “postal ilustrado”, o cartão de visita de Monforte, e que neste momento está muito degradado. Depois temos também a parte da dignidade humana, porque as pessoas estão a viver em condições muito precárias, em condições mesmo sub-humanas. Trata-se, portanto, de uma obra tão útil quanto necessária e urgente.

Depois temos pequenas obras, que sendo pequenas não deixam de ser muito necessárias para as populações. Estamos a falar da requalificação de espaços dos espaços coletivos, como são os polos desportivos de Assumar e de Santo Aleixo, de uma requalificação da casa onde nasceu António Sardinha [a 9 de setembro de 1887], também para preservar aquilo que é a nossa memória coletiva.

Naquele local, além de ter sido onde nasceu António Sardinha [político, historiador e poeta, principal referência doutrinária do Integralismo Lusitano], funcionou também a mercearia do senhor Meira. Vamos requalificar esse espaço e abri-lo para a fruição do público, como Centro Interpretativo da Memória Coletiva do Concelho de Monforte.

Teremos ainda uma obra de requalificação para transformar e tornar mais acessível o Centro Cultural de Vaiamonte, bem como uma outra obra importantíssima, que é o Pavilhão 25 de Abril, no Assumar, além dos campos de padel ou de infraestruturas para novos loteamentos. Estamos neste momento com grandes dificuldades em termos de habitação. Há muita procura e não temos resposta. É determinante este investimento na habitação, na criação de mais espaços [para construção] e de infraestruturas para loteamentos. É isso que iremos fazer.

Pensamos estar a dar mais um passo importante no desenvolvimento socioeconómico do concelho.

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