Inês Caldeira: “Perspetivas para 2025”

A opinião de Inês Caldeira, estudante

2024 ficará para a história como o ano em que Trump voltou a vencer as eleições para a Casa Branca, após ter sido derrotado em 2020.

Com a sua tomada de posse, o ano de 2025 será marcado pelas decisões e políticas por si implementadas, que terão consequências não só nos Estados Unidos da América (EUA), mas também na vida daqueles que vivem na faixa de Gaza e na Ucrânia, que estão nas mãos do primeiro presidente dos EUA condenado por mais de 30 crimes. Tendo em conta este cenário, é previsível que as guerras, a violação dos direitos humanos, o populismo e os regimes ditatoriais continuem no centro do plano internacional em 2025.

Em Portugal espera-se mais estabilidade, à exceção da Região Autónoma da Madeira que caminha para a terceira eleição do Governo regional no curto espaço de um ano. No Continente, mesmo que o Orçamento do Estado para 2025 não seja aprovado, Marcelo já estará em final de mandato como Presidente da República e por isso não pode dissolver a Assembleia, ou seja, é quase certo que Montenegro continue a governar em 2026.

Mas, apesar da mudança de Governo continuamos a viver num país com muitos problemas por resolver, desta forma é previsível que se mantenha o problema da falta de professores no ensino público, da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde, das maternidades fechadas, da pobreza que afeta dois milhões de portugueses, da falta de habitação acessível, da mobilidade nos territórios de baixa densidade, do êxodo rural, da exclusão social, etc.

A nível regional a probabilidade de abertura do novo Hospital Central de Évora e do curso de medicina, no ano de 2025, é bastante reduzida. É preciso concluir a obra e fazer a transição dos diferentes serviços.

Quanto à abertura do curso de medicina, apesar de prometida pelo primeiro-ministro em 2024, não deverá chegar a tempo do próximo ano letivo, ou seja, o Alentejo e os alentejanos continuarão a pagar o preço da interioridade.

A nível pessoal, 2025 perspetiva-se um ano desafiante. Tudo aponta para que em setembro esteja de malas feitas a cami- nho de Lisboa para viver e estudar. Adoro o meu Alentejo, o meu concelho e a minha freguesia, mas tenho a noção de que aqui não tenho tudo o que preciso para me formar profissionalmente.

Tudo dependerá dos meus resultados nos exames nacionais de matemática A e de português, mas trabalho para entrar no ISCTE e tirar um curso na área da Economia/Gestão. Voltar ao Alentejo será sempre um objetivo e, para já, emigrar está fora de questão! Para finalizar destaco o facto de 2025 ser ano de eleições autárquicas e de pela primeira vez poder exercer o meu direito de voto.

Para todos os leitores desejo um feliz 2025, com muita saúde e sucessos!

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