Em comunicado, os comunistas dizem que os sucessivos atrasos na inauguração da obra são “demonstrativos de falta de planeamento e cumprimento dos compromissos” por parte do anterior e do atual Governo e lamentam que a conclusão da obra posse sofrer “mais uma derrapagem nos prazos, desta feita devido à falta do projecto de ligação à rede eléctrica”, problema “da exclusiva responsabilidade do dono da obra”, ou seja, do Ministério da Saúde.
“Cabe perguntar se alguém acredita que a empresa construtora não informou, em tempo oportuno, o Governo do PS e Ministério da Saúde/ARS do Alentejo, de que teria que ser assegurado o abastecimento de energia eléctrica ao novo hospital?”, questiona o PCP, garantindo que a Câmara de Évora só em final de novembro do ano passado “teve conhecimento deste enorme lapso, da responsabilidade do Governo”.
Ainda de acordo com o PCP, a gravidade da situação explica-se pelo que representará em termos de prazos para a entrada em funcionamento da nova unidade de saúde. “Após o projecto de ligação eléctrica será necessário um ano de obra para a sua realização”, acrescenta o comunicado, indicando que, de acordo com a empresa de distribuição de energia, a empreitada “implica a construção de dois painéis – equipamentos técnicos – nas subestações de Évora e Caeira”, para “permitir a ligação do hospital à rede de média tensão”.
No texto, o PCP lembra ainda os “múltiplos anúncios” por parte dos Governo de conclusão das obras, “sucessivamente adiadas”, desde que a ex-ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, anunciou que o hospital estaria pronto em finais de 2023.
“Já o Governo PSD/CDS-PP, chegado à governação, rapidamente anunciou que o mesmo estaria pronto em fevereiro de 2025, para posteriormente vir dizer que o mesmo só estaria pronto em meados de 2026”, prossegue o PCP, recordando que continua por assinar o protocolo das acessibilidades e da rede de água e saneamento, “o qual permitirá realizar uma obra pela Câmara Municipal de Évora, para auxiliar o Governo a cumprir os compromissos que assumiu”.
Segundo o partido, “estes sucessivos acontecimentos e tentativas de transferências de responsabilidades, para a autarquia e para o conselho de administração do Hospital”, mostram que a obra “não é uma prioridade” para o Governo, a quem exige “que “sejam assumidos os procedimentos, financiamento e as medidas públicas que o transformem em realidade”.