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Quinta do Carmo (tinto) e Porta da Ravessa (branco), os melhores do ano

O concurso, que conta com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), premeia todos os anos o que de melhor se faz na região. Os vinhos foram avaliados por 15 jurados, numa iniciativa, entre outras, que Francisco Pimenta, escanção-mor da Confraria dos Enófilos, diz serem “incontornáveis para a afirmação do Alentejo enquanto região vitivinícola”.

Na sua 11.ª edição no atual formado, o concurso “Melhores Vinhos do Alentejo 2024” teve em prova 123 vinhos, de 45 produtores de todas as áreas e sub-regiões vitivinícolas alentejanas, “uma amostra suficientemente representativa do que aqui se produz”, acrescentou Francisco Pimenta.

Os vencedores foram conhecidos durante um jantar de gala realizado no Hotel Vila Galé, em Évora, e a surpresa da noite acabou por ser a entrega da medalha de grande ouro, que distingue os melhores de entre os melhores, ao Porta da Ravessa Reserva Branco 2022, vinho da Adega Cooperativa de Redondo, comercializado a cerca de seis euros.

Fundada em 1956 por 14 viticultores, a Adega Cooperativa de Redondo foi das primeiras a ser criada, tendo desde logo assumido uma importância determinante no renascimento e posterior desenvolvimento do vinho do Alentejo, sobretudo a partir dos anos 80. Hoje, congrega cerca de 200 produtores, representando mais de 75% da viticultura da sub-região de Redondo, e apresenta-se como “uma das maiores e mais dinâmicas adegas cooperativas de Portugal”.

Num ano médio, elabora cerca de 12 milhões de litros de vinho, dos quais 75% de vinho tinto. Mas foi o branco que lhe “rendeu” o prémio. A geologia não é alheia a este facto: trata-se de uma sub-região fortemente influenciada pela Serra d’Ossa, com vinhas a 600 metros de altitude, o que favorece a ocorrência de maturações mais equilibradas, daí resultando, no caso dos brancos, vinhos citrinos, frescos e aromáticos. É o caso deste Porta da Ravessa Reserva, blend de Fernão Pires, Arinto e Verdelho, cujas notas de prova realçam a cor citrina e aspeto brilhante, de aroma fino e intenso, onde predominam notas de fruta branca com nuances especiadas.

Mais previsível o resultado dos tintos, com a entrega do grande ao ouro ao Quinta do Carmo Reserva 2016, um vinho da Bacalhôa produzido no concelho de Estremoz, “desenhado” com Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Syrah. Depois de 18 meses em barricas novas, apresenta-se com uma cor vermelha profunda, e com um aroma complexo com notas de frutos vermelhos (morango e aromas), flor de laranjeira com nuances ricas de café e frutas cristalizadas.

Trata-se, igualmente, de um vinho “marcado” pela Serra d’Ossa. Com uma área de mil hectares, dos quais 150 são ocupados por vinha, é na Quinta do Carmo que são produzidos todos os vinhos alentejanos da Bacalhôa, empresa centenária agora controlada por Joe Berardo e que, além do Alentejo, dispõe de adegas na Península de Setúbal, Bairrada, Beiras, Dão e Douro, o que a transforma numa das maiores empresas do setor.

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