O presidente da Câmara de Évora classifica a saída de Paula Mota Garcia da equipa responsável pela Capital Europeia da Cultura como sendo “uma perda muito significativa” para o projeto. “É exatamente por isso que manifesto a minha grande preocupação relativamente a esta desvinculação e às consequências que poderá ter”, diz Carlos Pinto de Sá.
Segundo o autarca, demissão de Paula Mota Garcia, avançada ontem em exclusivo pela Alentejo Ilustrado, “terá obviamente consequências” na implementação de Évora/27 já que, até ao momento, “era a coordenadora da equipa de missão e responsável por todo o programa artístico que foi proposto no dossiê de candidatura, incluindo todos os contactos e o trabalho feito nos diversos projetos, com os diversos coordenadores que estão lá propostos e das equipas que estão também propostas”.
“Foi com profunda tristeza e preocupação que assisti à desvinculação”, acrescenta Carlos Pinto de Sá, lembrando ter sido Paula Mota Garcia que liderou a candidatura de Évora. “Espero que a continuidade do projeto permita salvaguardar o que está contido no dossiêr de candidatura e que é o fundamental do projeto”, conclui.
Além de Paula Mota Garcia, também a até agora diretora de comunicação, Marisa Miranda, decidiu desvincular-se do projeto Évora/27.
“Tendo em conta a exigência e o rigor que o processo de implementação” da Capital Europeia da Cultura, “tal como foi concebido e desenhado”, obrigam à constituição “de uma equipa executiva competente, coesa e solidária”, Marisa Miranda disse entender que “no atual quadro de governança” da associação “deixou de ter condições para continuar a trabalhar na iniciativa, manifestando, no entanto, a inteira disponibilidade para garantir a devida transferência de todos os assuntos em curso”.