De acordo com informação do jornal desportivo “ZeroZero”, André Filipe Reis Rosa Correia tem dupla cidadania – portuguesa e suíça – e, aos 37 anos, é técnico do FC Babrungas Plungè, da segunda divisão da Lituânia. Ainda segundo a mesma fonte, chegou ao Babrungas depois de passagens por clubes como o Atlético ou o Real Sport Clube (Queluz).
Nascido em Tomar em setembro de 1987, André Reis candidatou-se, em maio passado, a presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, perdendo para o experiente Henrique Calisto. Em outubro, será candidato do Chega à presidência da Câmara de Alvito. Entre este Município do Baixo Alentejo e Plungè, a cidade lituana onde o Babrungas está sedeado, há uns bons 3900 quilómetros de distância.
Experiência autárquica já tem alguma: em 2021 liderou a lista do PSD à Câmara Municipal de Belmonte, tendo sido eleito vereador. A vida não lhe está a ser fácil, pelo menos avaliando o que transparece nas atas das reuniões de Câmara.
Numa delas, relativa à sessão do passado dia 28 de março, a discussão foi com o vereador da CDU, Carlos Afonso, que acusou o vereador eleito pelo PSD, e futuro candidato do Chega a Alvito, de “ausências constantes” às reuniões de Câmara, “justificadas ou não justificadas” e, algumas, em que participa por videoconferência, por se encontrar na Lituânia. “[André Reis] dignificava este órgão, se de uma vez por todas, pedisse a renúncia do seu mandato”, desabafou o vereador comunista.
Em sua defesa, o (agora) cabeça de lista à Câmara de Alvito classificou de “oportunista” a intervenção de Carlos Afonso, dizendo que a sua ausência presencial às reuniões de Câmara até já tinha sido indicada, em virtude da sua “vida profissional”, e sublinhando fazer “um esforço para estar presente por videoconferência”.