A Infraestruturas de Portugal (IP) assinou um contra- to de 347,7 mil euros com a empresa Tecnofisil – Gabinete de Estudos e Projetos de Engenharia, para elaborar o projeto de execução da futura variante a Estremoz, troço de 3,2 quilómetros que permitirá a ligação entre a Estrada Nacional 4 (EN4) – ligação entre Estremoz e Elvas – e a EN 18, em direção a Portalegre. O prazo para a execução do projeto é de 330 dias.
“Reclamada desde o início deste século, a construção é vital para resolver o grave problema de trânsito e de segurança para peões, em virtude do atravessamento diário de centenas de veículos ligeiros e pesados junto de superfícies comerciais, escolas, centro de saúde e lares”, refere o Município de Estre- moz, cujo presidente se mostrou indisponível para responder às questões colocadas.
“É fundamental fazer-se a variante a Estremoz, para que o trânsito pesado seja encaminhado para uma via que não cause tanto risco”, diz Sónia Ramos, deputada do PSD e vereadora na Câmara de Estremoz, lembrando que atualmente todo o trânsito atravessa a cidade colocando “problemas de segurança a pessoas e bens”.
“Trata-se” sublinha, “de um concurso para o projeto de execução da variante, porque o projeto não estava feito. Não tendo o Governo anterior, em oito anos de mandato, encontrado uma forma de executar esta obra, temos que começar pelo início e, portanto, tem que ser feito o projeto de execução”.
A cumprirem-se os prazos, e se não se repetir o chumbo ambiental de 2017, quando se projetava a construção da variante a norte da cidade, o lançamento do concurso de empreitada poderá ser feito no final do próximo ano. A empresa encarregue do projeto irá apresentar uma proposta de ligação entre as Estradas Nacionais 4 e 18, desta vez a sudeste da cidade.
“A construção desta via pretende resolver o grave problema de trânsito e de segurança para peões, em virtude do atravessamento diário [da cidade por] centenas de veículos ligeiros e pesados”, garante a IP, segundo a qual o objetivo é “reforçar as condições de eficiência, fluidez de tráfego e segurança rodoviária, afastando o trânsito de passagem da zona urbana da cidade, o que permitirá uma redução das emissões de gases poluentes e dos níveis de poluição sonora, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população”.
Ainda de acordo com a IP, a futura variante terá uma extensão ligeiramente superior a três quilómetros, e integra a construção de três nós de ligação entre a nova variante e a rede viária existente, além de um outro, desnivelado, à Estrada Nacional (EN) 4, que funcionará como “alternativa sem portagens” à autoestrada.
Depois do “chumbo” de 2017, o assunto voltou à agenda política em outubro de 2022, na sequência da inclusão da construção da variante nascente a Évora no Plano de Recuperação e Resiliência, e na resposta a uma pergunta então apresentada pela deputada comunista Paula Santos, o Ministério das Infraestruturas não se comprometeu com datas para o andamento do projeto.
VARIANTE A ÉVORA ENTRA EM OBRA
Recomeçou a construção da Variante Nascente a Évora do Itinerário Principal 2 (IP2), suspensa há 13 anos depois da chegada da troika, num investimento de 54,9 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. A obra tem um prazo de execução de 550 dias e permitirá ligar o nó de Évora nascente da autoestrada A6 com o IP2, próximo de São Manços. O PCP, em comunicado, diz que a obra resulta “da luta das populações e do desenvolvimento de iniciativas políticas realizadas ao longo dos últimos 16 anos, por parte do PCP” e lembra a necessidade de construção de variantes a Montemor-o-Novo e Reguengos de Monsaraz.