O programa da iniciativa, que visa sensibilizar a comunidade para a conservação de recursos naturais, está recheado de arte, cultura, gastronomia, e momentos musicais, com dois concertos (um em cada dia do festival), este ano a cargo de Sean Riley & The Slowriders, e de Gizmo Varillas, um letrista e músico espanhol, sendo que a música ambiente em ambos aos dias estará a cargo do DJ Rai. A entrada é gratuita.
No que à gastronomia diz respeito, o evento contará com a presença de vários chefes: Patrícia Santos (Plantasia), Francesco Ogliari (Tua Madre, Évora), Bruno Caseiro e Tomoe Hayase (Cavalariça, Évora), André Cruz (Feitoria, Feitoria), Lara Espírito Santo e George McLeod (Sem, Lisboa), José Diogo Formiga (Encanto, Lisboa), Vítor Adão (Plano, Lisboa), Annakaren Fuentes (Pastus, Oeiras).
Diz o Município que “a pedra de toque para as construções culinárias continua a ser o da portabilidade da cozinha portuguesa, esperando-se propostas confecionadas com os mais frescos produtos locais de diversos produtores que irão marcar presença neste encontro de sabores genuínos e conscientes”.
O “Soil to Soul” conta também com artesãos da região, e com vários oradores – entre eles Olga Cavaleiro, Esther Henneberke e Mónica Tereno, que irão discutir em vários debates a cadeia de valor que vai desde a produção até ao consumidor, alertando para a relevância deste movimento. Elsa Lamy, do Instituto para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora, vai também marcar presença, com uma palestra sobre a dieta mediterrânica e a sua pesquisa relativa à importância e complexidade da saliva.
Cogumelos do Alentejo, Freixo do Meio, Paisagindo Bio, Terramay, Montanheira ou Why Not (que patrocina um bar de cocktails que cria misturas orgânicas), entre outros, fazem parte do leque de parceiros e produtores que marcará presença no mercado do Castelo de Alandroal, palco central do evento.
“Em concelhos rurais como o de Alandroal todos sabemos a diferença entre o ovo de capoeira e o de supermercado, todos temos alguém que ainda faz uma horta e sabemos que estamos a consumir algo especial. Queremos que esse ‘especial’ venha para os nossos restaurantes e seja um fator diferenciador do que temos para oferecer”, refere o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, evocando o lema do evento “somos o que comemos”.
Segundo o autarca, o festival permite “juntar cultura, gastronomia e artesanato”, tirando partido do que a terra dá e promovendo a reflexão “sobre o modo como consumimos e como isso influencia o ambiente e as nossas vidas”. O desafio, acrescenta, é que os visitantes “sintam que estão a consumir próximo da fonte de produção, que estão a consumir natural, que estão a consumir aquilo que o território tem para dar”, no tempo certo e sem utilização de produtos químicos.