Em reunião pública de Câmara, José Daniel Sádio revelou que é intenção do Município proceder a “um arranjo” urbanístico na entrada da cidade pelo IP 2, em direção a Portalegre, para “dar mais visibilidade” à classificação do Figurado de Barro como Património da Humanidade. O objetivo será colocar o layout da Unesco junto à peça alusiva à barrística de Estremoz que já ali se encontra. E, ao longo do trajeto, reforçar a identidade patrimonial do concelho.
“Há toda uma cadeia de prioridades diárias para fazer, mas o monumento ao Boneco de Estremoz não está esquecido e temos intenção, até ao final do mandato, de o concluir nos termos falados com o autor, o professor Armando Alves”, acrescentou o presidente de Câmara, sublinhando que a ideia será concretizar parcialmente o projeto idealizado pelo artista plástico.
“[Iremos fazê-lo] sem a [construção da] fonte, porque isso iria revelar problemas impactantes e custos brutais”, acrescentou José Daniel Sádio, explicando que a intenção será redefinir o “enquadramento” do projeto artístico e alterar a designação do local, que passará a ser denominado como Parque Unesco.
“Ficarmos com a entrada, do lado de Portalegre, requalificada e, num local de passagem [automóvel] com a classificação dos Bonecos de Estremoz pela Unesco bem representada”, acrescentou o autarca, considerando que dessa forma será possível mostrar “aos milhares de pessoas que passam por Estremoz” a distinção conferida pela Unesco.
Recorde-se que, em janeiro de 2023, o presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, e o artista plástico Armando Alves estiveram reunidos para tentar chegar a acordo sobre o monumento ao Boneco de Estremoz, encomendado há mais de seis anos ao artista plástico. Quase dois anos após aquela reunião, o projeto continua a marcar passo.
Numa carta aberta divulgada na altura, Armando Alves confessou-se “triste e desiludido”, pois o monumento ao Figurado de Barro de Estremoz, que lhe foi encomendado em 2017, projetado para as Portas de Santa Catarina, continuava por executar.
